Empresas que vendem online através de cartão de crédito certamente já ouviram falar em estorno ou chargeback. Mesmo que você ainda não tenha se deparado com esse tipo de situação, é muito importante ter essas informações em mente.
Diferenças entre um estorno e um chargeback
De forma bastante resumida, estorno e chargeback são procedimentos em que o valor de uma transação é revertido de volta para o comprador.
O estorno é um processo amigável no qual o próprio lojista efetua esse processo utilizando a função estorno do meio de pagamento, que devolve o valor da transação automaticamente.
Por outro lado, o chargeback ocorre quando o comprador entra em contato não com o lojista, mas diretamente com a operadora do cartão, e solicita a reversão do pagamento. Quando a operadora aceita a justificativa, o valor é estornado diretamente, sem a necessidade de aprovação do lojista.
Diferenças entre um estorno e uma transferência
Como podemos ver anteriormente, o estorno reverte não apenas o valor para o comprador, mas também as informações da transação para a operadora, efetuando o cancelamento da compra no meio de pagamento, mantendo o registro da operação e evitando um futuro chargeback.
Ao mesmo tempo, uma transferência feita manualmente, como um pix, por exemplo, não possui vínculo com a compra feita inicialmente, ou seja, se você fizer uma transferência em um contexto em que, na verdade, deveria ter feito um estorno, essa informação não estará vinculada à compra inicial, pois foi feita em uma operação totalmente independente.
Por que você deve efetivar um estorno e não uma transferência
Com isso, podemos perceber que neste tipo de caso, o lojista teria feito uma transferência devolvendo o valor ao comprador, mas por outro lado, a transação de compra inicial teria ocorrido normalmente e teria seguido seu fluxo normal - tendo sido liquidada ao lojista e debitada do comprador.
Desta forma, podemos perceber que o lojista pode estar sujeito a um risco de, além de ter devolvido o valor da compra (ou ter dado um voucher de compra) em uma operação independente, de sofrer também um chargeback da compra inicial efetuada no cartão.
Como geralmente o chargeback pode ser solicitado na operadora em um prazo de até 120 dias, é possível que o comprador efetue o chargeback por motivos como esquecimento, desconhecimento (uma pessoa que utilizou o cartão de um parente por exemplo) ou mesmo por má fé.